Falta
de saneamento:
Dentre os problemas de degradação ambiental,
a falta de saneamento básico é o que afeta a
qualidade de vida das pessoas no maior parte dos municípios
brasileiros. De acordo com a MUNIC, a presença de esgoto
a céu aberto prejudica comunidades em 1.031 municípios
(46%), seguido pelo desmatamento, em 1.009 municípios
(45%), as queimadas, em 948 municípios (42%), e presença
de vetor de doença, em 896 municípios (40%).
Informaram pelo menos um problema ambiental com impacto negativo
sobre a vida das pessoas, 41% dos municípios.
Para a maioria dos municípios do Norte (68%) e Centro-Oeste
(57%) o desmatamento era a principal causa de impacto na qualidade
de vida da população. Já no Nordeste,
para 55% dos municípios, eram as doenças endêmicas
ou epidêmicas. No Sudeste, para 46% dos municípios,
o principal problema eram as queimadas, enquanto no Sul, para
46% dos municípios, era o esgoto a céu aberto.
No Nordeste, o estado com mais municípios com pelo
menos um impacto ambiental relevante foi Pernambuco, onde
82% deles têm esgoto a céu aberto. No Norte,
destacou-se o Amapá, onde 81% dos municípios
tinham doença endêmica ou epidemia. No Centro-Oeste,
68% dos municípios do Mato Grosso do Sul tinham "lixões"
próximos a ocupações humanas.
No Sudeste, 66% dos municípios do Rio de Janeiro relataram
contaminação de rios e baías; enquanto
no Sul, 41% dos municípios de Santa Catarina tinham
esgoto a céu aberto.
Entre os municípios com até 100 mil habitantes,
esgoto a céu aberto (44%) e desmatamento (44%) empataram
como alterações ambientais que interferem na
qualidade de vida. Já entre os municípios com
mais de 100 mil habitantes, a ocupação desordenada
(47%) e esgotos a céu aberto (42%) foram mais apontados.
Nove dos 33 municípios com mais de 500 mil habitantes
relataram não ter alterações ambientais
afetando a população: Belém, Campo Grande,
Cuiabá, Curitiba, Guarulhos, Porto Alegre, São
Gonçalo, Sorocaba e Uberlândia. |